A posse da nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo (PT-MG), terá a leitura de um poema da escritora Conceição Evaristo e a presença de autoridades, como a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Anielle esteve no centro de denúncias de assédio sexual que levaram à demissão de Silvio Almeida, o antecessor de Macaé nos Direitos Humanos.

A posse está marcada para sexta-feira (27), às 11h, no Palácio do Planalto, na volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil, após participação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Os convites já estão sendo disparados pela equipe de Macaé.

Conceição Evaristo é uma das maiores vozes negras da literatura brasileira, tem diversos contos, romances e poesias publicados e ocupa a cadeira de número 40 da Academia Mineira de Letras.

Ela e Macaé são primas e, nas redes sociais, a escritora já comentou que alguns as confundem até como mãe e filha.

“Eu realmente vi a Macaé nascer. Vi a Macaé na barriga da mãe dela, Maria Antônia. Mas ela é minha prima e não a minha filha”, disse Conceição nas redes sociais em dezembro do ano passado.

Além da escritora, a família também deve ser representada pela mãe de Macaé, dona Maria Antônia, que deve vir direto de São Gonçalo do Pará, Minas Gerais (MG).

Deputada estadual por MG, Macaé foi nomeada para a chefia dos Direitos Humanos e Cidadania no dia 9 de setembro. Nas primeiras declarações após aceitar o convite, a ministra disse que é um chamado de muita responsabilidade assumir o cargo.

Anielle presente

Após um período de silêncio, a ministra de Igualdade Racial retomou as agendas e deve participar da posse da nova colega de Esplanada.

As denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-ministro Silvio Almeida vieram à tona no início do mês de setembro, quando a organização Me Too confirmou o recebimento das acusações contra ele.

Anielle Franco foi apontada com uma das vítimas de assédio. Em publicação no Instagram na sexta-feira (6), a ministra afirmou que não é aceitável relativizar ou diminuir episódios de violência.

“Reconhecer a gravidade dessa prática e agir imediatamente é o procedimento correto, por isso ressalto a ação contundente do presidente Lula e agradeço a todas as manifestações de apoio e solidariedade que recebi”, escreveu.

Também nas redes sociais, a ministra lembrou a trajetória de Macaé na luta pela inclusão racial e por uma educação democrática e equitativa. “Seguimos juntas na construção de um Brasil mais justo.”

Dias antes, sem citar Silvio Almeida, a ministra disse que mulheres não estão sozinhas e que, “apesar de tudo, a gente sempre vai seguir”.

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