A Polícia Federal realizou uma troca na Diretoria de Inteligência da instituição. Sai do cargo o delegado Rodrigo Morais para ele ser adido da PF em Londres, na Inglaterra.

Na capital inglesa, a PF tem uma adidância para trabalhos de cooperação internacional. O delegado atuará como representante da PF no país.

A Diretoria de Inteligência é responsável por inquéritos sensíveis, como, por exemplo, as joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o 8 de Janeiro, as denúncias contra o ex-ministro Silvio Almeida, o inquérito contra a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti, além da chamada “Abin Paralela”.

A designação de Morais para Londres já vinha sendo negociada há meses, mas foi oficializada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (23). A ida à Europa, porém, deve ocorrer apenas em meados de janeiro do ano que vem. Outras trocas estão previstas para esse período.

Em setembro de 2018, Rodrigo Morais ocupou a função de delegado regional de Combate ao Crime Organizado em Minas Gerais e comandou a investigação do atentado contra Bolsonaro, então candidato à Presidência. A investigação concluiu, à época, que Adélio agiu sozinho e que não houve mandante para o atentado. Neste ano, em uma nova apuração do caso, a PF deu o caso como encerrado e reforçou que o acusado agiu por conta própria.

Novo diretor de Inteligência

Com a saída do diretor, nomes de investigadores começam a ser analisados pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, para que ocorra a substituição.

Um dos nomes que está sendo apreciado no momento é do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Leandro Almada. Conhecido como “resolvedor de problemas”, Almada foi o delegado responsável por concluir que houve obstrução na investigação da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes, ainda antes da federalização do caso. Ele também indicou a existência de uma organização criminosa que atrapalhava as apurações.

Como chefe da PF no Rio de Janeiro, foi o responsável, com a equipe dele, por fechar duas delações dos assassinos confessos, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontando os supostos mandantes, e finalizar o caso.

O diretor-geral da PF diz a aliados que Almada “é um ótimo nome”, mas que só deve tomar a decisão em meados do próximo mês. O chefe da PF aponta também que, além de estar avaliando possibilidades, está vendo o perfil de cada um, para então chegar à pessoa que será responsável pela Diretoria de Inteligência.

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