A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira (8), Pablo Marçal (PRTB) pelo crime de uso de documento falso. O ex-candidato à Prefeitura de São Paulo prestou depoimento na PF de São Paulo no fim da manhã e foi comunicado do indiciamento.

Marçal apresentou um laudo falso contra o adversário Guilherme Boulos (PSOL) na antevéspera do primeiro turno, em 4 de outubro, no próprio perfil em uma rede social.

A Polícia Federal abriu a investigação no sábado (5), véspera da eleição. O então candidato buscou associar o adversário na eleição ao uso de drogas. A perícia da PF apontou que o documento foi falsificado.

O relatório da PF será enviado, sob jurisdição do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), para o Ministério Público Eleitoral, que vai analisar se oferece denúncia ou não.

Relembre

Marçal publicou, na noite do dia 4 de outubro, nas redes sociais, um receituário médico indicando que Boulos, no dia 19 de janeiro de 2021, havia sido atendido na clínica médica Mais Consulta, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, com “quadro de surto psicótico grave, em delírio persecutório e ideias homicidas”.

A publicação em que o candidato Marçal acusava Boulos pelo uso de cocaína foi retirada do ar pelo Instagram, ficando disponível por cerca de uma hora e 30 minutos.

Como a CNN mostrou, o registro do médico, que aparece no receituário postado por Marçal, era de José Roberto de Souza, que está inativo por falecimento, de acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

A CNN tenta contato com a defesa de Marçal sobre o indiciamento.

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