A Polícia Federal definiu o nome do novo responsável pela Diretoria de Inteligência (DIP). Será o delegado Leandro Almada, atual superintendente da PF no Rio de Janeiro e que teve destaque na resolução do caso Marielle Franco e Anderson Gomes.
A Diretoria de Inteligência é responsável por inquéritos sensíveis, como exemplo, as joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o 8 de Janeiro, as denúncias contra o ex-ministro Silvio Almeida, o inquérito contra a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter Delgatti, além da chamada “Abin Paralela”.
O cargo ficará vago por conta da saída do atual diretor, Rodrigo Morais, que vai ser adido da PF em Londres (Inglaterra). O nome de Almada para o posto já era quase certo, por ser conhecido como “resolvedor de problemas” dentro da Polícia Federal. Mas outros nomes foram avaliados, conforme noticiou a CNN.
Almada participou das duas fases do caso Marielle. Foi o delegado responsável por concluir que houve obstrução na investigação da morte da vereadora e do motorista Anderson Gomes, ainda antes da federalização. E ele também indicou a existência de uma organização criminosa que atrapalhava as apurações.
Já como chefe da PF no Rio de Janeiro, no ano passado, foi o responsável, com a equipe dele, por fechar duas delações dos assassinos confessos, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, apontando os supostos mandantes, e finalizar o caso.
Novo chefe no Rio de Janeiro x Rivaldo Barbosa
O novo superintendente da PF no Rio de Janeiro também tem conhecimento da cidade. Foi subsecretário de Inteligência do estado e delegado responsável pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.
Nos últimos dois anos, em Brasília, Galvão atuou na Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça, nas gestões Flávio Dino e Ricardo Lewandowski.
Durante a intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018, o delegado foi contra a indicação de Rivaldo Barbosa para chefiar a Polícia Civil do estado. Atualmente, Rivaldo é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) como um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.
As trocas dependem de trâmites burocráticos. Mas a previsão é que os novos postos sejam assumidos a partir de janeiro de 2025.
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