O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), disse que o papel da Corte não deve se resumir a apontar falhas e punir agentes públicos. Segundo ele, a instituição deve colaborar com a administração pública com vista “à profissionalização, ao melhor planejamento e à boa execução dos recursos”.

“Assim como em qualquer família, o sucesso não se edifica sobre castigos incessantes ou ameaças contínuas. O medo e a intimidação não constroem; eles sufocam, paralisam e desunem. No controle externo, o êxito não se mede pela quantidade de gestores punidos ou falhas apontadas repetidamente”, afirmou.

As declarações fizeram parte do discurso de despedida da Presidência do TCU. Nesta quarta-feira (11), o ministro Vital do Rêgo foi empossado presidente para o ano de 2025.

Bruno Dantas fez um balanço da atuação à frente da Corte. Destacou que fez uma gestão pautada no diálogo e na busca pelo consenso. Nesse contexto, citou a criação de uma secretaria para atuar na solução de conflitos.

“A criação dessa secretaria disruptiva envolveu uma série de desafios, superados com a implementação de um fluxo processual robusto. Os resultados dessa transformação são claros”, afirmou Bruno Dantas.

Segundo o ministro, os 12 processos já homologados pelo plenário do TCU geraram R$ 16 bilhões em benefícios para os cofres públicos e para a sociedade.

“Não estamos aqui para perseguir ideais inalcançáveis, construções abstratas de uma burocracia fria, onde o valor da folha de papel suplanta a realidade e onde a lei, despida de contexto e empatia, se impõe indiferente às dores da população”, completou.

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