O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, destacou em entrevista ao CNN 360° desta segunda-feira (16) o papel fundamental do setor privado no combate à corrupção. Segundo o ministro, a corrupção sempre envolve duas partes: a oferta e a demanda.
“Se há corrupção no Estado, é porque também existe corrupção no setor privado”, afirmou Carvalho, enfatizando a responsabilidade compartilhada entre os setores público e privado no enfrentamento desse problema.
Novas obrigações para empresas
O ministro detalhou um recente decreto que estabelece novas obrigações para grandes empresas que mantêm contratos com a administração pública. De acordo com Carvalho, empresas com contratos acima de R$ 240 milhões devem apresentar planos de integridade.
Estes planos, que serão regulamentados e monitorados pela CGU, visam especificamente abordar questões relacionadas à corrupção, entre outros temas. A medida representa um avanço significativo na promoção da transparência e integridade no setor privado.
Papel da CGU na fiscalização
Carvalho ressaltou que a CGU terá a função de regulamentar, analisar e monitorar a efetividade desses planos de integridade dentro das empresas. Esta nova atribuição reforça o papel da Controladoria como órgão central no combate à corrupção, agora estendendo sua atuação mais diretamente ao setor privado.
A iniciativa faz parte de um esforço mais amplo do governo para fortalecer os mecanismos de prevenção e combate à corrupção, reconhecendo que ações efetivas nessa área requerem o engajamento tanto do poder público quanto das empresas privadas.