As bancadas de PSB, PSDB e Cidadania anunciaram, nesta nesta terça-feira (5), o apoio à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB) para presidente da Câmara.

Com o anúncio das três siglas, Motta passa a ter o apoio de onze partidos na disputa pela sucessão de Artur Lira (PP-AL), atual presidente da Casa, de quem tem apoio.

Juntos, esses partidos possuem 355 deputados:

  • PSB (14 deputados)
  • PSDB (12 deputados);
  • Cidadania (5 deputados);
  • PL (92 deputados);
  • PT (68 deputados);
  • PP (50 deputados);
  • Republicanos (44 deputados);
  • MDB (44 deputados);
  • Podemos (14 deputados);
  • PCdoB (7 deputados);
  • PV (5 deputados).

Para ser eleito presidente da Câmara, o candidato precisa dos votos de 257 deputados. A votação é secreta, e é registrada em cabines eletrônicas nos plenários.

Há a expectativa que o PDT também anuncie o apoio a Motta nesta terça.

“Convergência”

Líder do PSDB, Adolfo Viana (BA) disse que Motta tem a “capacidade de construir convergências”. “Queremos estar ao seu lado pelos próximos dois anos, ajudando o país a encontrar os caminhos que ele merece”.

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) também citou Motta como uma nome de “convergência”. “Queremos estar ao seu lado na construção de um parlamento mais altivo, construtivo e decisivo na construção das políticas públicas”.

O Cidadania, que integra federação partidária com o PSDB, foi representado por seu líder na Câmara, Alex Manente (SP). Ele disse que o partido confia na “condução, nos princípios, nos valores” de Motta. “Certamente estaremos aqui na Câmara dos Deputados para colaborar, agregar valor”.

“Unanimidade”

Mais tarde, o PSB anunciou o apoio em evento com as presenças da deputada Tabata Amaral (SP) e o prefeito reeleito do Recife, João Campos.

Ela destacou a importância de “termos um jovem também” na disputa. Motta tem 35 anos de idade e Tabata irá completar 31 no próximo dia 14. “A gente sabe que a Câmara é diversa e eu também sinto isso no nosso Brasil”, disse. “Você vai ter tamanho e visão para liderar para fora”.

Já Campos disse que o PSB construiu “unanimidade na bancada” em torno de Motta, o que, para ele, “é muito importante”. “Eu não tenho nenhuma dúvida de que a gente tem uma missão importante pela frente”, completou citando um compromisso com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de prezar pela Constituição, a harmonia e a independência.

“Poder protagonista”

O candidato a presidente da Câmara participou dos dois encontros e agradeceu pelo apoio dos partidos.

Segundo Motta, o desafio é ter a Casa “funcionando” apesar do extremismo no Brasil. Para ele, ter a Câmara “construindo uma candidatura consensual” é um ponto positivo.

“Poder ter no Parlamento a condição de sermos um poder protagonista e não sermos apenas um poder que analisa o que chega do Executivo. Ter a nossa agenda própria, ter um alinhamento com o Senado”, completou Motta. “Eu quero deixar aqui de maneira muito precisa que o nosso compromisso é com o país”, completou.

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