Um candidato aprovado em um concurso público não foi comunicado de sua nomeação porque um homônimo seu assumiu a vaga — este trabalha no cargo que deveria ser dele desde agosto de 2023.
O caso, ocorrido em São Paulo, é investigado pela Polícia Federal (PF) por meio da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz).
O candidato descobriu que havia sido prejudicado quando buscou informações junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), na capital paulista.
Ele havia prestado concurso para o cargo de técnico judiciário em 2018. Ao perceber que não foi convocado após o TRT-2 chamar os aprovados, o candidato soube que seu cargo já havia sido ocupado por uma pessoa com o mesmo nome que ele.
Em depoimento à PF no último dia 11 de outubro, um analista do TRT-2 já admitiu, consultando os dados, que o homônimo não prestou a prova, e que o cargo deveria estar com o candidato que foi lesado, quem realmente prestou o concurso e foi aprovado.
O homônimo
A pessoa que assumiu o cargo foi alertada por uma amiga de que sua nomeação já estaria próxima. O homônimo, então, acionou o TRT-2, por-email, para atualização cadastral, o que foi feito por uma servidora do tribunal.
Quando saiu a nomeação, o homônimo recebeu um aviso por e-mail e tomou posse do cargo.
À PF, o analista do TRT-2 disse que não houve má fé na mudança dos dados por parte da servidora, que estava “com grande carga de trabalho” — ela pediu exoneração do cargo no início deste ano para trabalhar como terapeuta.
Segundo o analista, ao conversar com o homônimo, este lhe disse que prestou diversas provas e que não se recordava se a do TRT-2 era uma delas.
Não há prazo para que a PF encerre as investigações.
O analista, que prestou à depoimento à PF, foi convocado pela Advocacia-Geral da União (AGU) para dar esclarecimentos sobre o caso.
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