Apesar do primeiro aumento da taxa Selic no atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciado pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (18), o governo acredita que os juros vão entrar em novo ciclo de queda a partir de meados de 2025.
A ala política do governo espera que a trajetória da Selic seja diferente do caminho percorrido durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quando ela foi aumentando a partir da pandemia de covid-19 e chegou ao período eleitoral em 13,75% ao ano.
Com o aumento da Selic no Brasil e a queda dos juros nos Estados Unidos, a expectativa no governo Lula é de valorização do real. A moeda brasileira se enfraqueceu nos últimos meses e já chegou perto de R$ 5,80.
O maior diferencial de juros com os Estados Unidos deve trazer mais capital ao Brasil, fortalecendo a moeda brasileira e ajudando no controle da inflação. Diante desse cenário, há espaço para a redução da taxa Selic, aposta o núcleo político do governo.
O governo aposta na tendência de queda da Selic para que, em 2026, quando a campanha presidencial começar, as taxas de juros sejam usadas como um ativo de campanha.
No entanto, a avaliação é que para reduzir a taxa de juros, o Banco Central precisaria confiar que o Brasil vai atingir controlar o crescimento da dívida bruta e transformar seus déficits primários em superávits.
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