O acordo do Partido dos Trabalhadores (PT), para apoiar Hugo Motta (Republicanos-PB) à Presidência da Câmara, envolve pedidos para a legenda assumir a relatoria do projeto da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) no próximo ano.

Com isso, o partido poderia estabelecer as bases para receitas e despesas do governo em 2026, ano de eleições presidenciais.

A LDO é o primeiro passo para estabelecer a previsão de receitas e despesas. Pela legislação, os congressistas ainda precisam votar a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Como mostrou a CNN, o União Brasil quer indicar o relator-geral da LOA, o que daria – ao partido – poder de controlar o parecer final do orçamento para 2026.

De acordo com integrantes do PT, o principal ponto, no acordo com Hugo Motta, é compor um bloco institucional em que a legenda “seja respeitada” e também que haja um compromisso com as pautas prioritárias do governo. E o orçamento é fundamental nesse processo.

Os petistas afirmam ainda que esse espaço é importante, já que a legenda não deve ocupar o principal colegiado permanente, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Segundo deputados da bancada do PT, esse acordo é um revezamento de partidos na legislatura. O partido governista ocupou a presidência da CCJ em 2023 e o PL, de oposição, está no comando da Comissão neste ano.

Para 2025, a expectativa é que uma legenda da base governista assuma a Comissão. O União Brasil também sinalizou essa intenção de ocupar a Presidência da CCJ.

Hugo Motta terá que equilibrar diversos interesses para ampliar os apoios, já majoritários para a Presidência da Câmara.

O deputado tenta negociar a desistência das candidaturas de Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA). Nesta sexta-feira (1), Motta deve se reunir com os presidentes do PSD, Gilberto Kassab, e do União Brasil, Antônio Rueda, em São Paulo (SP).

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