O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, reafirmou a postura de diálogo do partido com diferentes setores políticos durante sua participação no programa WW da CNN nesta terça-feira (8). Kassab destacou que a legenda enfrenta críticas tanto da extrema-esquerda quanto da extrema-direita por manter essa posição.
“Os extremistas da esquerda não aceitam que a gente converse com a direita, e os extremistas da direita não aceitam que a gente converse com a esquerda”, explicou Kassab, enfatizando que o PSD permanecerá firme em sua marca de diálogo, ressaltando que “diálogo não é fisiologismo”.
Estratégia para 2026
Questionado sobre as eleições presidenciais de 2026, Kassab afirmou que o PSD se esforçará para ter candidato próprio. Ele relembrou a tentativa do partido em lançar candidatura nas eleições de 2022, mencionando os nomes de Rodrigo Pacheco e Eduardo Leite como possíveis candidatos à época.
O líder partidário avaliou como “acertadíssima” a decisão de não lançar candidato próprio no último pleito presidencial, considerando-a benéfica tanto para o partido quanto para o país.
Segundo Kassab, essa escolha permitiu ao PSD manter uma posição de legitimidade e contribuir para a governabilidade tanto com o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo quanto com a administração do presidente Lula (PT).
Posicionamento centrista
Kassab ressaltou que o PSD não se envolve no “ânimo” ou “ódio’ característicos da polarização política atual. Ele defendeu que a postura do partido cria uma “zona de conforto” para o diálogo, o que considera positivo para o Brasil.
Ao ser indagado sobre qual seria o adversário ideal do PSD em 2026, se a direita ou a esquerda, Kassab evitou uma resposta direta, reiterando o compromisso do partido com o diálogo e a busca por uma candidatura própria nas próximas eleições presidenciais.