O que a eleição municipal nos diz sobre a disputa presidencial em 2026? A resposta é: muito pouco.

No pleito, os partidos de direita e de centro tiveram uma votação muito mais expressiva do que os partidos de esquerda — como o PT ou o PSB.

Mas esse resultado não é um sinal de que o eleitorado está migrando para a direita e o eleitor está rejeitando o petismo como um todo.

Mas, simplesmente, porque essa foi uma disputa que beneficiou as prefeituras e os prefeitos de uma forma expressiva.

As prefeituras entraram neste ciclo eleitoral com dinheiro em caixa histórico. Não só porque a receita cresceu muito mais do que o gasto, mas também porque as cidades ganharam com a distribuição de emendas parlamentares — o que se traduziu em um volume de investimentos que dobrou nos últimos 2 anos.

E isso se traduziu em um índice de reeleição de 81%, a maior taxa de reeleição das prefeituras desde a implementação da regra que possibilita a renovação dos mandatos.

Então, o PT se saiu mal simplesmente porque estava na oposição, enquanto o eleitor buscava a continuidade, em um contexto de avaliação positiva aos atuais mandatários.

O resultado das eleições municipais nos diz muito pouco sobre a cabeça do eleitor e da forma que eles pensam sobre a disputa presidencial de 2026.

Mas, se existe uma lição grande, ela está em São Paulo. Onde a candidatura de Pablo Marçal, com uma retórica muito revoltada contra o sistema, quase chegou ao segundo turno. É um sinal que qualquer candidatura da direita terá que expressar essa revolta contra o sistema.

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