O ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022, pressionou os comandantes do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) para aderirem ao golpe de Estado após as eleições.
A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF) divulgada nesta terça-feira (26).
O general Freire Gomes, do Exército, e o tenente-brigadeiro Baptista Júnior, da FAB, foram alvo de uma milícia digital, promovida por Braga Netto, que difundiram ataques pessoais aos militares e seus familiares.
Veja o trecho:
Também foram identificados fortes e robustos elementos de prova que demonstram a participação ativa, ao longo do mês de dezembro de 2022, do General BRAGA NETTO na tentativa coordenada dos investigados de pressionarem os comandantes da Aeronáutica e do Exército a aderirem ao plano que objetivava a abolição do Estado Democrático de Direito. Conforme consta nos autos, BRAGA NETTO utilizou o modo de agir da milícia digital, determinando a outros investigados que promovessem e difundissem ataques pessoais ao General FREIRE GOMES e ao Tenente-Brigadeiro BAPTISTA JÚNIOR, além de seus familiares.