O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento na manhã desta terça-feira (5) à Controladoria-Geral da União (CGU) como testemunha no âmbito do processo que investiga a conduta do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques durante as eleições de 2022.

O interrogatório é por videoconferência. O nome de Bolsonaro foi indicado pela defesa de Vasques no processo, mas o ex-presidente queria depor por escrito.

No início do mês, acionada pela defesa do ex-diretor da PRF, a Justiça de Santa Catarina determinou que a oitiva fosse de forma oral.

Além de Bolsonaro, Silvinei indicou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres como testemunha. No caso dele, o depoimento deverá ser por escrito. Os dois não podem manter contato, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

Outra testemunha indicada foi o atual diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira. A oitiva foi negada pela comissão.

Processo

Silvinei Vasques começou a ser investigado ainda na Corregedoria da PRF. O processo foi avocado pela CGU. Ele é alvo por ter pedido abertamente votos em Bolsonaro ao longo da campanha presidencial de 2022, além de ter presenteado o então ministro da Justiça, Anderson Torres, com uma camisa do Flamengo que estampava o número 22 – usado por Bolsonaro nas urnas.

Como chefe da instituição, ele participou de eventos públicos, concedeu entrevistas e fez publicações em redes sociais a favor de Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral.

O caso pode levar de advertência à cassação da sua aposentadoria como policial.

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